terça-feira, 7 de maio de 2013

A Caixa Misteriosa - Parte 2



Eu estava indo em direção ao telefone quando ele começou a tocar. Tirei-o do gancho, coloquei-o em meus ouvidos e fiquei em silêncio, esperando que a pessoa dissesse alguma coisa. 

Em seguida, escuto uma voz grossa, obviamente de um homem, dizer: 

- Recebeu a caixa que te mandei? 

Assustado, respondi: 

- Recebi, mas acho que não era para mim... O senhor deve ter se enganado! 

- Ouça rapaz, se eu coloquei o seu endereço na caixa, não restam dúvidas que é para você... Eu queria que tivesse ligado para o número de telefone que está dentro do envelope, mas como demorou muito, resolvi eu mesmo te ligar. 

- Não estou entendendo nada! Pra que me mandou essa caixa? Por que queria falar comigo? 

- Calma rapaz! Quero que vá agora, para o endereço que está escrito no papel... Assim poderemos conversar melhor. 

- Acho melhor não, afinal, não te conheço. Não sei das suas intenções, não sei o que irá fazer comigo e também não sei do que você é capaz de fazer. 

- Ou você vem até mim, ou eu terei que ir até você. 

Desliguei o telefone sem responder mais nada. 

Deitei-me no sofá e durante alguns minutos fiquei refletindo sobre aquela conversa pelo telefone. Cheguei a conclusão que teria sido apenas um trote, então me levantei do sofá para ir até o meu quarto. 

Peguei o par de sapatos que estava no chão, ao lado da minha cama. Calcei-os e saí pra um breve passeio. 

Eu caminhava lentamente pelas calçadas da velha cidade, que abrigava pouco mais de 10 mil habitantes. 

Após 20 minutos andando e observando casas, lojas e comércios, resolvi voltar para casa. 

Quando estava descendo a rua, pude avistar um carro, estacionado em frente à minha garagem. Era um carro preto, que de vista, parecia ter custado muito caro. 

O motorista desceu e disse: - Eu avisei! Ou você iria até mim, ou eu viria até você. 

Na hora, percebi que aquele homem dono do carro preto que ali estava, era o mesmo com que conversei por telefone mais cedo. Ou seja, aquela ligação não era apenas um trote. Me deu vontade de sair correndo sem olhar pra trás, mas fiquei paralisado. As únicas palavras que saíram da minha boca foram: 

- Entre, vamos tomar um café durante a conversa.

A Caixa Misteriosa - Parte 1



Eu acordei de repente, no meio da noite, ao ouvir barulhos estranhos que vinham do outro lado da rua. Levantei-me de minha cama com dificuldade e caminhei rumo a janela. Fiquei parado ali, em pé, olhando minha rua e tentando descobrir de onde vinham os barulhos. Voltei desconfiado para cama e dormi novamente. 

Passou-se algumas horas e o sol já aparecia. Acordei com o barulho dos carros que passavam na rua. Como de costume, fui até a cozinha, peguei uma xícara de café e sentei-me na calçada, para observar as pessoas e os carros que ali passavam. 

Quando terminei de tomar meu café e estava voltando para dentro de casa, tropecei em uma pequena caixa, que estava no meu quintal. Naquele momento, vieram milhares de perguntas em minha mente: “Como essa caixa veio parar aqui?” “Como não a vi na hora em que estava indo me sentar na calçada?” “Quem a deixou ali?” 

A caixa estava embrulhada com um papel de presente. Rasguei-o imediatamente para ver o que tinha ali. Era uma caixa de sapatos femininos, mas sem sapatos dentro. Havia apenas um envelope preto. Tirei-o de dentro da caixa e o abri. Dentro do envelope, uma folha de papel com um endereço e um número de telefone. 

De quem seria aquele endereço? E quanto ao número de telefone? 

Resolvi ligar para tirar logo as minhas dúvidas.

(Feito por: Cairo Vinícius Tondato Silva)